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terça-feira, 25 de setembro de 2007

Soluções para o Brasil - Sumário

Olá,

Fiz a pouco tempo uma faxina nas minhas idéias velhas pra relembrar as doideiras que já escrevi, é engraçado.
E dentre elas achei algumas que apenas comecei a montar para resolver problemas do Brasil.
Vou transcreve-las pra cá.

Resolver problemas é tarefa diária de um analista de sistemas, se você quer um profissional bom para sua empresa procure nos classificados do apinfo por curriculos de analistas de sistemas da área. seja finanças, contabilidade, vendas, marketing etc... se você tem uma área com muita gente, pouca automação, processo que precisam de reengenharia ou de melhoria um analista de sistemas é a solução para você.

Para entender os problemas do Brasil que deveriam ser cuidados com respeito pelos governos vamos analisar um ciclo de vida:

  1. Nascimento -1 a 0
    • Toda pessoa deveria nascer numa condição de saúde adequada e para isso a mãe deveria passar por pre-natal todos os meses, com exames e acompanhamento médico. Ter uma alimentação saudavel, uma moradia, preferencias de atendimento em todos os estabelecimentos e livre transito no transporte publico e privado.
    • No momento do nascimento toda pessoa deveria ter o direito de acesso a maternidades eficientes, assistida por médicos capazes e motivados e após o nascimento ter acompanhamento do seu desenvolvimeto mensal por 1 ano
  2. Infancia 0 a 4
    • No primeiro ano de vida a mãe deveria ficar em férias remuneradas para amamentar por 1 ano, a mãe que negar o direito ao leite materno ao filho deveria perder o direito a licença. O leite materno é o maior bem que uma criança ganha no primeiro ano de vida
    • Toda criança até os 4 anos deveria ter alimentação garantida por uma cestinha básica e o direito único de brincar
    • Tal como a alimentação toda crianaça deveria ter acompanhamento mensal de saude bem como todas as vacinas e remedios gratuitamente
    • Toda criança até os 4 anos que for identificada em lugares improprios como semaforos, embaixo de pontes, mendigando ou vadiando na rua longe de casa ou sendo explorada para trabalho na rua ou não possuir casa deveria ser recolhida para orgãos de ensino militar da policia, bombeiros, forças armadas onde teriam educação, esporte, cultura, etc...
  3. Infancia pre adolescencia 5 a 14
    • escola, merenda, saude dentro da escola, esporte, cultura, ecologia, religião, familia, educação sexual, torneios para integração entre escolas (competições de materias escolares, esportivas, peças culturais) horario semi-integral, escola proxima de casa, segurança policial, monitoria por cameras integração com órgãos públicos como hospitais, policia, bombeiros, prefeituras, passeios para zonas rurais, etc.. para fazer a criança entender o tamanho e a complexidade do mundo
  4. Adolescencia 15 aos 17
    • escola ainda com todos os itens anteriores só que um ensino mais profissionalmente. forte ensino de linguas, ingles, frances e espanhol ou outras trabalhos voluntários nos órgãos públicos como defesa da natureza e projetos anti poluição visitas aos cursos das faculdades para conhecer o futuro
  5. juventude dos 18 aos 20 anos
    • técnico profissionalizante, militar, voluntarios publicos, estágios técnicos, membros de pesquisas - todas as pessoas são iguais a todas as demias independente de todas as classes sociais, raças, religiões, etc...e devem viver as mesmas épocas e experiencias sociais no mesmo período.
    • viagens pelo brasil em intercambio culturais motivanto a integração entre as regiões e troca de experiencias
  6. adulto dos 21 aos 59
    • vida universitaria, cientifica, publica, formação de familia, empreendedora, profissional é igual a educação e emprego
  7. idoso dos 60 ao infinito
    • atualização universitária, alimentação e saude acompanhada semestralmente, direito a casa propria, salario de aposentadoria ativa onde passa a viajar para disseminar conhecimentos e experiencias pelas demais regiões e tomar conta da turma de 18 a 20, empreendedorismo incentivado e fiscalmente beneficiado, viagens para estagios fora do brasil e paises aliados, descontos de 50% em transporte publico e privado, lazer e cultura, tratamento juridico prioritario
to be continue... nos proximos tópicos vou falar de cada politica educação, transporte, saude, etc... publica que viabilizaria um cenário como o listado acima

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Como gerenciar um projeto?

Gerencia de projetos é a matéria estudada pelo PMI/PMBOOK.

Existem muitas e muitas normas, técnicas, ferramentas, etc... para se gerenciar um projeto mas nada disso garante o sucesso.

E ainda tem aquelas que atrapalham, pois exigem uma documentação tão extensa que tira o foco do papel principal que é a gerencia para o sucesso do projeto.

Não é minha atividade básica do dia a dia, mas volta e meia, eu acabo sendo colocado pra coordenar algum projeto, seja na empresa ou na vida acadêmica ou em projetos freelas. A grande verdade é que o que me capacita a gerenciar um projeto não é formação na matéria ou certificação PMI. Mas sim uma característica que todos temos e não desenvolvemos. Escrever as coisas de forma passo a passo.

Quando não se domina um assunto, mas se conhece os passos a seguir e as pessoas certas para fazer que aquele passo seja executado com sucesso você já reúne o que é necessário para gerenciar qualquer projeto. Todo o resto é em conseqüência disso. Riscos, custos, prazos, recursos, datas, marcos etc... de nada adiantam se você não conseguir colocar as coisas uma de cada vez e cada uma a seu tempo sendo feita por alguém que realmente seja capaz de executa-la.

A etapa seguinte do trabalho, é totalmente comunicativa. É aquilo que sua mãe lutou para te ensinar, ser educado, pedir sempre obrigado, valorizar e sempre dar um feedback de reconhecimento a todos que te ajudaram executando os passos que você definiu, no tempo que o projeto precisaria para estar em dia. E quanto aos problemas a melhor forma de tratá-los é pro-ativamente do que re-ativamente. Se um problema cabeludo aparece, ele deve ser mostrado a todos o mais rápido possível, a solução sempre aparecerá de forma tão rápida quanto o problema.

Então eu sempre procuro repetir o que dá certo, posso não saber nada de um sistema fiscal e toda legislação de impostos federais, estaduais, municipais, incentivos etc..ou sequer ser capaz de testar, mas posso dizer que já implantei com sucesso um projeto destes, sem sequer conhecer uma lei ou mesmo ter usuário e senha de acesso ao sistema. Como consegui isso, reconhecendo minha limitação de conhecimento e colocando passo a passo dentro de uma separação em fases o que era preciso para que o sistema fosse pro ar.

Abaixo uma imagem de exemplo da ferramenta que uso, uma simples planilha de 5 colunas.





Cada ação de cada linha tem sua própria receita de bolo mais detalhada e esta você faz junto com a pessoa que é definida como responsável.

E o mais importante, registrar todas as evidencias dos testes. Não vale só um e-mail dizendo está ok. Tem que ter um printscreen ou um numero de documento ou relatório ou um arquivo ou tela que comprove que o teste foi feito.

E para isso é importante outra planilha de 6 colunas que vai servir para medir o progresso dos testes e para você enviar no final de cada período como um relatório de status da implantação. Dessas 2 planilhas você pode gerar todos os outros indicadores de projeto desde custo até riscos mas tudo isso fica no papel e o que acompanha mesmo o projeto são estas duas.







terça-feira, 4 de setembro de 2007

Porque dizem não a criatividade???

Eu tenho sede de criar! Em tudo o que me envolvo minha cabeça começa a gerar idéia e mais idéias. É a mais forte das minhas características e é graças a esta capacidade que conquistei admiração e reconhecimento pelo meu trabalho desenvolvendo sistemas. Tenho vários cadernos agendas etc... onde escrevo e anoto todas as minhas mais loucas idéias.

Quando trabalhei na Gillette do Brasil eu projetei os mais ousados aparelhos de barbear com tubos molejos e integração com acessórios tudo muito louco mas muito legal. Jamais mostrei estas idéias para ninguém lá dentro, somente comentei como meu chefe direto. Não fui atrás e ele também não foi. A vida continuou.

Entrei para a empresa que me formou realmente a Tradeway e no desenvolvimento do sistema ATTIVO eu adquiri todas as habilidades que possuo hoje em termos de programação, modelagem e analise. Foi um tempo duro, trabalho exaustivo, várias implantações em vários clientes e muito conhecimento e crescimento profissional. Nesta época todas as minhas criações eram sempre muito incentivadas pelos meus chefes, mas eram limitadas pelo meu auto-didatismo. Eu não tinha o backgroud necessário para criar novas arquiteturas para o sistema ou melhorias que fosse realmente significativa e que devolvesse aos meus chefes o investimento que eles investiram em mim. Foi um período de foco.

Saí e entrei para a SONY, o sonho do garoto que desmontava joysticks de atari para construir de madeira, fita silver tape metalizada e interruptores a mola estava pra se concretizar. Criei junto com um amigo um sistema incrível, idéia original de um jaones muito louco que era o chefe do planejamento na época mas que aos poucos foi libertando todo aquele conhecimento adquirido a muito tempo e me trazendo um conforto e uma realização incomparáveis.

Mas eu queria mais, minha cabeça não parava de criar versões e versões de equipamentos que já naquela época pretendiam fazer o que hoje todos clamam como convergência total, casa digital etc... Estas idéias também não consegui leva-las adiante, já ouvi até que tais projetos não poderiam sair da cabeça de um brasileiro oriundo de um morro do rio de janeiro pois existem varias grandes corporações investindo milhões nestas soluções que eu estava propondo. Foi muito difícil ouvir isso.

E mais uma vez não consegui dar andamento com minhas idéias.

Mas não desisti. Aventurei-me e mandei um currículo para o Google e o melhor foi que recebi uma resposta deles. Isso gerou uma expectativa enorme dentro de mim e comecei a visualizar vários novos projetos novamente para esta empresa. Coisas muito loucas, muito inovadoras, mais uma vez escrevi tudo detalhei e me preparei para ir diante deles apresentar e explicar cada requisito e deixa-los escolher entre os 60 projetos que gerei só pela vontade de entrar para este novo desafio. Nunca veio sequer a oportunidade de mostrar-lhes minhas idéias.

É muito claro pra mim que talvez o grande culpado disso tudo seja eu mesmo, nada me impede de sentar no computador criar uma apresentação colocar num note e ir até lá bater na portaria seja do Google do Yahoo ou da Microsoft. A comprovação de que são idéias boas e realmente inovadoras já tive, pois varias delas já foram implementadas por outras empresas e pessoas, foi apenas uma questão de tempo. Isso foi de um conforto muito grande e de uma frustração também. Imagine você ver aqui lo que você idealizou sendo realizado anos depois por uma empresa. É uma comprovação de que você não era louco ou um sonhador de coisas impossíveis. Tudo isso me motiva ainda mais a continuar a criar e agora lutar para realizar tais projetos.

Acabou não sendo um post, somente um desabafo.

domingo, 2 de setembro de 2007

"Cuidado com os burros motivados" - Por Roberto Shinyashiki

A revista Isto é publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi.
 
O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
 

"Cuidado com os burros motivados"


Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização das Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
 
ISTOÉ -- Quem são os heróis de verdade?
 
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viaja r de primeira classe..
 
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura..
 
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
 
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
 
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.
 
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e
transparentes.
 
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
 
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
 
 
ISTOÉ -- O sr. Citaria exemplos?
 
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
 
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene".
 
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
 
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
 
Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
 
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
 
 
ISTOÉ -- Qual o resultado disso?
 
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces.
 
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim.
 
Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
 
A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.
 
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
 
Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
 
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
 
 
ISTOÉ - Por quê?
 
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
 
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
 
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei
 
Uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
 
Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa.
 
Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora.
 
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
 
 
ISTOÉ -- Há um script estabelecido?
 
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz, "Qual é seu defeito?"
 
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar".
 
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
 
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
 
É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
 
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir".
 
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
 
 
ISTOÉ -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
 
Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
 
Cuidado com os burros motivados.
 
Há muita gente motivada fazendo besteira.
 
Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.
 
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
 
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.
 
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
 
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
 
 
ISTOÉ -- Está sobrando auto-estima?
 
Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
 
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
 
Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
 
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
 
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem.
 
Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim.
 
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
 
 
ISTOÉ -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
 
Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
 
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
 
Quem vai salvar o time? O técnico.
 
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
 
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham".
 
Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
 
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
 
A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
 
 
ISTOÉ -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
 
Shinyashiki -- Exatamente.
A gente não é super-herói nem super-fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso.
 
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
 
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
 
 
ISTOÉ -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
 
Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
 
Há várias coisas que eu queria e não consegui: Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).
 
Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
 
Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
 
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo.
 
Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?"
 
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
 
 
ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
 
Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
 
São três fraquezas.
 
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
 
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
 
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
 
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates..
 
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
 
 
ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
 
Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo.
 
São quatro loucuras da sociedade.
 
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
 
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
 
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder.  O resultado é esse consumismo absurdo.
 
Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe!
 
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito..
 
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
 
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
 
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
 
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
 
A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".
 
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
 
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.   

 
 
  
 
  

 


sábado, 1 de setembro de 2007

Por que não temos mais tempo?

Abri o Blog para poder escrever o que penso. Hoje é sábado e preciso fazer tantas coisas que escrever este post realmente não daria tempo. Mas dei um basta e parei. Não pode ser somente comigo. Porque o tempo não é suficiente? Por que temos tudo pra fazer e não conseguimos o que queremos fazer?

Eu preciso :
  1. Escrever os textos faltantes da monografia do ibta;
  2. Programar as paginas faltantes para o site da ong sat;
  3. Montar uma apresentação dos beneficios do WaVe para três clientes;
  4. Finalizar o curso de ruby on rail e adobe flex;
  5. Comprar um notebook onde eu possa rodar o WaVe ao vivo nas apresentações;
  6. Terminar o site da digitalworks;
  7. Criar um site para o WaVe;
  8. Assistir a todas as palestras on-line da e-genial;
  9. Iniciar o projeto de migração do Wave de Centura para Adobe Flex;
  10. Ler 2 livros para entregar trabalhos do ibta;
  11. Fazer toda a documentação pmo do projeto sati para a sony;
  12. Fazer reunião com minha arquiteta para definir a reforma e decoração do ap novo;
  13. Terminar de escrever meu livro;
  14. Resolver os 30 tickets que estão parados no meu nome na Sony;
  15. Fazer a migração do mouse3 da sony para a nova versão do centura, senão não vai rodar no vista;
  16. Fazer todas as alterações que a auditoria sox solicitou no sistema;
  17. Finalizar o curso de flash na eng;
  18. Estudar inglês e espanhol;
  19. Entrar numa academia pra cuidar do físico;
  20. Voltar a jogar futebol;
  21. Ir mais vezes pra minha casa no rio e estar mais com minha familia lá;
  22. Terminar de decorar o cafofo lá no rio;
  23. Consertar a rede elétrica da minha vó pois está queimando a televisão dela;
  24. Arrumar a estante da sala pois estão dezenas de fios embolados e reduzindo a vida util dos meus aparelhos;
  25. Trocar varias lâmpadas em casa que estão todas queimadas;
  26. Comprar um computador pra minha mae ( e ensinar ela a usar );
  27. Achar o tiozinho que bateu na trazeira do meu carro pra arrumar o estrago no para-choque;
  28. Tirar férias.
Eu só quero conseguir fazer minhas coisas, são tarefas e projetos das nossas várias vidas.
vida academica, profissional, empreendedora, pessoal...

opa!!! pessoal.... lendo agora tudo novamente não tem nenhum item sobre dar atenção a minha esposa ou brincar com meu filho.
não há nada de mais importante que isso. E isso eu sempre tento separar de todos os meus TODOs acima.

O tempo é algo incrivel até os 20 demora uma eternidade do 20 aos 30 passa rápido mas depois dos 30 parece que está na velocidade da luz. Se eu não tivesse parado para escrever este post agora não teria tempo amanha ou depois.
E isso é uma recursividade.

Que a força esteja conosco
Luc